Em 1908, no Primeiro Congresso de Psicanálise em Salzburg, Freud apresenta o caso paradigmático do Homem dos Ratos, um marco na compreensão da neurose obsessiva. Décadas depois, esse relato ganha nova vida em “Freud e o Homem dos Ratos em Cena”, uma obra que transforma o processo analítico em uma dramaturgia pulsante. O texto explora os dilemas de Ernst Lanzer, seus sintomas, desejos e o peso das heranças familiares, conectados pelo significante central Raten.
Inspirado pelo ensino de Lacan, o livro revela a potência do método psicanalítico em tempos de abordagens reducionistas da subjetividade. Unindo teatro e psicanálise, a obra propõe uma experiência singular, onde o sintoma é desvendado como cifra de gozo e a fala se torna o fio condutor de transformação. Este é um convite para revisitar o caso sob uma nova perspectiva, que celebra a ética do tratamento e a singularidade de cada sujeito, enquanto explora os meandros do inconsciente e a riqueza do diálogo psicanalítico.
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